Tentei ser alguém
que eu não podia ser,
e no meio deste caminho
eu me perdi de mim.
Olhei para dentro
e então eu voltei.
Eu me acolhi, me ouvi,
e decidi naquele momento,
que eu escreveria uma nova história
sendo apenas quem sou...
(Poema autoral - Thalita Gonçalves)
Em meu trabalho diário na clínica como psicóloga, o medo de desagradar ao outro tem sido uma demanda recorrente. Quantas vezes, você, em algum momento da vida, se sentiu fora do lugar por não ser parte de algum grupo que você queria? Ou se sentiu triste por ser desaprovada por pessoas que você desejava ter ao seu lado?
Quantas vezes tentamos nos adaptar aos outros, invalidando nossos pensamentos, sentimentos, tentando nos tornar perfeitos aos olhos das pessoas? Olhamos para quem somos e não estamos satisfeitos. É possível mudar, ser diferente! E quanto mais mudamos, mais descobrimos que nossa nova versão continua desagradando, mas por que isso acontece?
Quanto mais você tenta agradar alguém, maior será o risco de desagradar a si mesmo(a). Não existe uma fôrma que nos molde a cada pessoa que vamos encontrando pelo caminho. Ser o que você é pode agradar ou desagradar e tudo bem. É necessário olharmos para nós mesmos e vermos o que precisa melhorar em nós, mas ser perfeito(a) é impossível. Ainda que tenhamos todas as qualidades que achamos necessárias para sermos felizes, ainda terá alguém que não estará completamente satisfeito com o nosso jeito de ser.
Mostrar-se como é, não é ser agressivo, nem desrespeitar os outros, mas manter a sua essência, seus valores, mostrar-se de verdade sem se esconder em outras personalidades. É se colocar diante do outro sem medo, colocando os seus pensamentos e sentimentos com respeito, mas acima de tudo se respeitando.
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Saiba que nem todos irão apreciar quem somos e sempre terá alguém que não gostou de quem você é. Não deixe que o medo de desagradar te impeça de viver de forma autêntica. Não seja perfeito(a), seja quem você é da melhor maneira possível e isso é muito diferente de perfeição.
Lembrando que nenhuma dessas orientações substitui a psicoterapia e que trilhar o caminho do processo terapêutico pode te ajudar na construção da sua autoestima, contribuindo para o seu crescimento pessoal.
E para cuidar da autoestima no dia a dia, eu criei o Baralho da Autoestima Reescrevendo a sua História, com 80 cartas que você pode imprimir, sem uma ordem para vivenciar uma a cada dia. Tem exercícios de escrita terapêutica, dicas práticas da autoestima, perguntas e muito mais... Temas como o autocuidado, o amor próprio, a autoimagem, entre outros fazem parte deste conjunto. Para acessar, é só clicar aqui.
Thalita Gonçalves.
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